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Accepted Paper:
Paper short abstract:
Nesta comunicação atentaremos à dimensão visual das cavalhadas de Pirenópolis (Brasil). As inovações recentes no plano estético e a espetacularização da festa são controversas. Esse processo impulsionou uma ressignificação da prática, que hoje se destaca no quadro da cultura popular brasileira.
Paper long abstract:
O veludo vermelho é cor de sangue, o azul tem um tom anil, um pouco escuro. Cada veste, ricamente bordada com lantejoulas e pedras brilhosas, reflete os raios intensos que banham o estado de Goiás em época de Pentecostes. Estamos no interior do Brasil, na pequena Pirenópolis, diante de vinte e quatro cavaleiros prestes a iniciarem as cavalhadas do ano. Ao longo de três tardes eles realizarão uma performance em que se encenará uma luta entre mouros e cristãos. Nesta comunicação, que expõe resultados parciais de pesquisa etnográfica, atentaremos à estética das cavalhadas pirenopolinas e a algumas implicações de sua recente transformação. As inovações visuais na festa começaram a ser implementadas a partir da década de 1970, acompanhando um processo político de divulgação turística da cidade. Elas não se realizaram sem conflitos e ainda hoje a incorporação de elementos da cultura de massa gera controvérsias no senso comum local, em debates centrados na problemática da tradição. As transformações estéticas e o investimento na festa estão na base de uma ressignificação das cavalhadas em Pirenópolis. Além de importante marca da identidade local, elas gradativamente tornaram-se um dos principais ícones da cidade. A valorização e o reconhecimento também as projetaram no plano nacional, à medida em que foram integradas ao rol do patrimônio imaterial brasileiro, consolidando-se como uma espécie de paradigma deste tipo de prática cultural no país.
Performing creativity and creating performances: dialogues and tensions on experiencing culture and making places
Session 1