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Este trabalho, pautado em pesquisa etnográfica realizada com o Grupo de dança Cacuriá Filha Herdeira, de Sobradinho/DF/Brasil, e nos referenciais teóricos da Antropologia da Performance, levanta hipóteses sobre as dinâmicas de criação e transformação dessa manifestação expressiva brasileira, o cacuriá.
Como se cria uma tradicao? A resposta certamente dependerá do campo teórico (ou prático) no qual o interlocutor se localiza. Mas a própria pergunta já carrega uma contradicao, já que, para muitos, tradicoes nao sao criadas, tradicoes apenas sao. Esse é um discurso ainda bastante corrente a respeito de diversas manifestacoes expressivas populares no Brasil. Mas o que acontece quando o discurso sobre uma tradicao aponta exatamente como ela foi criada, com data, local, nome e sobrenome? Esta comunicacao pretende apresentar os primeiros resultados de uma pesquisa sobre as narrativas que os integrantes do grupo Cacuriá Filha Herdeira, sediado em Sobradinho/DF, contam sobre o processo de criacao desta danca maranhense. Para esse pequeno exercício de compreensao do caso do Cacuriá Filha Herdeira opto por refletir, diacronicamente, sobre os múltiplos dramas sociais que se sucedem na história contada do grupo. Estes se apresentam como camadas que vão se superpondo. A relativa transparência destes dramas deixa entrever não apenas as primeiras imagens que o grupo quer guardar de si, mas também gera contaminações de imagens de períodos distintos. Que demonstram as dinâmicas de criação e transformação dessa manifestação expressiva brasileira.