Accepted Paper

Observando estrelas junto a fogueira Convenção de pessoas de diferentes "mundos" para amansar a quentura.   
Katia Ono (Instituto Socioambiental)

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As experiências indígenas de gestão do fogo no território. Confluências de sistemas de conhecimentos e vivências distintos, com emergência de criatividades, resistências do estado, apesar do vanguardismo da Lei 14944, atribuindo sucesso ao manejo realizado por PCTs no controle das emissões de gases.

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Atualmente, o Território Indígena do Xingu, no estado brasileiro do Mato Grosso, é a casa de 16 etnias falantes de 7 troncos linguísticos distintos, distribuídos pelos cerca de 3 milhões de hectares da porção meridional, onde a Amazônia faz a sua transição com o Cerrado e o Pantanal. Neste território, a população é composta por mais de 9000 indivíduos, distribuídos por mais de 150 aldeias.

A partir da década de 2000, grandes incêndios florestais começam a figurar cicatrizes e mudanças nesta paisagem. Consequentemente, a intensificação deste fenômeno suscitou a necessidade de controle.

A partir desses eventos, os povos indígenas do Território têm visto muitos não indígenas envolvidos nas decisões sobre a “destinação do fogo”, antes exclusiva a eles e aos encantados florestais. Agora veem envolvidos, nesta questão, as políticas de estado e voluntárias de controle do fogo e de emissões de gases do efeito estufa para o amortecimento das mudanças climáticas globais.

A diversidade de pessoas, ambientes, usos do fogo e da paisagem em contextos de mudanças ambientais, tem demandado a integração de diferentes sistemas de conhecimento e de modos de viver.

O Programa Xingu do Instituto Socioambiental está envolvido nessa fricção de cosmovisões, experimentando juntamente com as comunidades indígenas, formas de evitar a ocorrência e reincidência dos grandes incêndios.

Panel P023
Storytelling political ecology from Latin America: conflicts, resistances, alternatives