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Accepted Paper:
Paper short abstract:
Neste painel procurarei reflectir sobre as contribuições ficcionais baseando-me nos romance de Aida Gomes “Os pretos de Pousaflores” (2011) e de Dulce Maria Cardoso “O Retorno” (2011) para uma enriquecimento do que batizei como uma sociologia pós-colonial das ausências (Khan, 2011).
Paper long abstract:
Como escreve o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos: "o saber que ignora é o saber que ignora os outros saberes que com ele partilham a tarefa infinita de dar conta das experiências do mundo" (Santos, 2008: 27). A investigação sobre a experiência da pós-colonialidade portuguesa, não obstante os seus vários contributos, continua a conviver com imensos silêncios e ausências que, hoje, se tornam relevantes para uma justa vigilância epistemológica. Permanecemos herdeiros das linhas abissais do conhecimento do mundo humano (Santos, 2007), gravemente ignorantes de um mundo mesmo ao nosso lado (Khan, 2011). Imaginando-se como elemento integrante de uma Europa do Norte e produtor de conhecimentos de um Norte Global, Portugal tem ainda dificuldades em aceitar-se como um país do Sul, e visto como sujeito de um Sul Global. Esta dualidade traduz-se numa ambivalência identitária, ideológica, investigacional e retórica, isto porque ora nos imaginamos como país europeu, ora celebramos o nosso hibridismo/lusotropicalismo (Castelo, 1998) e multiculturalismo em muito embebidos na nossa trajectória colonial e colonizadora. Neste painel procurarei reflectir sobre as contribuições ficcionais baseando-me nos romance de Aida Gomes "Os pretos de Pousaflores" (2011) e de Dulce Maria Cardoso "O Retorno" (2011) para uma enriquecimento do que batizei como uma sociologia pós-colonial das ausências (Khan, 2011).
Cartografias dos silêncios poéticas emergentes
Session 1