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Accepted Paper:
Paper short abstract:
As adaptações e vicissitudes de um presente inquieto através do estudo de uma festa de pescadores de Setúbal. Conflito entre patrimónios (arqueológico e imaterial) num contexto de emergente exploração turística. Questionamentos futuros e alertas presentes. Apropriação, Patrimonialização e Liminaridade.
Paper long abstract:
A Festa de Nossa Senhora do Rosário de Tróia é uma celebração religiosa anual que
ocorre no mês de Agosto, sem data certa no calendário pois depende inteiramente dos
humores das marés do rio Sado. A sua organização e realização é da responsabilidade
da Paróquia de São Sebastião e dos pescadores de Setúbal, que desde sempre
encararam o território da margem esquerda do rio como seu. A caldeira de Tróia é o
lugar da Capela de Nossa Senhora de Tróia, para onde segue a romagem dos
pescadores e famílias setubalenses e no qual se realiza um gigantesco acampamento
de três oficiais. Desde a sua primeira aparição em documentos de natureza histórica
já volveram mais de trezentos anos, no entanto, é o presente que conhece maior fulgor
mediático e participação familiar. As componentes religiosas da festividade e o seu
incremento, bem como a aposta dos media e de um museu municipal nas respectivas
divulgação e legitimação da componente patrimonial, contrastam com um passado de
características mais apagadas e cujo ímpeto primordial se revestiria de contornos mais
próximos do seu lado pagão. Este recente crescimento parece remar contra um futuro
que ameaça descaracterizá-la, estando na sua origem duas razões objectivas; a
escassez de pescadores e o crescimento de um empreendimento turístico no seu
território. O estudo do seu presente liminar adivinha um futuro incerto onde a
mudança acelerada se assume como certa.
Entre passado e futuro: antropologia, memória, património e «horizontes de expectativa»
Session 1