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Accepted Paper:

MEMÓRIAS DA CIDADE: As Memórias e(m) Ruínas da Histórica Laranjeiras/SE-BR  
Allan Veiga (Universidade Federal de Sergipe - Brasil | Laboratório de Estudos Urbanos e Culturais)

Paper short abstract:

Laranjeiras é uma cidade Brasileira que teve um momento glorioso em torno do século XIX, como principal cidade da região num modo de vida urbano. Com seu declínio, as ruínas de suas edificações permaneceram pondo força de atenção ao passado na memória coletiva do grupo que ali experiência e habita.

Paper long abstract:

A patrimonial cidade de Laranjeiras tem como principal característica a referência a um momento de opulência vivido no século XIX, imprimindo na Província de Sergipe Del Rey, hoje Estado de Sergipe, a marca de um modo de vida urbano, resultado de uma forte economia e uma expressão de cultura em efervescência. Tais fatores atraíram grande contingente de pessoas, de diversas camadas sociais. Porém, no inicio do século XX, a cidade já não sustentava tais condições e gradativamente declinava, juntamente com a evasão da população. Anos após, a cidade colapsou e não mais se ergueu, e hodiernamente vive os reflexos sociais da quebra abruta daquele momento. No entanto, Laranjeiras mantém parte do passado áureo em seu conjunto arquitetônico, especialmente em suas ruínas. Este artigo é extraído do resultado de investigação para dissertação de mestrado e propõe apresentar como as ruínas dessa cidade relacionam-se com o grupo social daquele espaço pelo viés da memória coletiva. A pesquisa argumenta que as ruínas guardam um importante auxilio na reconstituição da história imaginada da cidade, por lembranças que delas sejam evocadas e compartilhadas no grupo, e que, tais características, sendo negligenciadas pelas políticas patrimoniais de restauro, tendem a romper com a história imaginada (memória coletiva) em favor de uma história espetacularizada, assimétrica a memória partilhada no grupo. As pesquisas revelaram-nos que as narrativas de memória estão carregadas de lembranças relacionadas às ruínas, onde concluímos que, com auxílio das ruínas, os habitantes daquele espaço, recebem estímulos para apreensão do passado, ainda que não os tenham vivido.

Panel P14
Entre passado e futuro: antropologia, memória, património e «horizontes de expectativa»
  Session 1