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Accepted Paper:

Gênero, emoções e livros: apontamentos sobre a feminilidade na autoajuda e no chick lit  
Talita Castro (Unicamp)

Paper short abstract:

Busco, em livros de autoajuda brasileiros e estadunidenses e exemplares de chick lit, de origem britânica, as construções de gênero que associam a feminilidade ao amor, pensado como cuidado, uma personalidade mais doce e até mesmo como sinônimo de romantismo e necessidade de encontro afetivo-sexual.

Paper long abstract:

Este trabalho tem como objetivo discutir as marcas de gênero constitutivas de narrativas presentes em livros classificados pelo mercado editorial como autoajuda e, mais recentemente, sob o rótulo de chick lit. Partindo da pesquisa de pós-graduação em Antropologia Social que realizo desde 2007 sobre o conteúdo de livros classificados pelo mercado editorial como autoajuda, publicados no Brasil e nos Estados Unidos da América nos últimos quarenta anos, busco compreender como as narrativas presentes sobre o amor associam essa dimensão subjetiva à feminilidade. Seja em um sentido mais amplo, próximo dos significados associados ao cuidado ou simplesmente à performance de uma personalidade mais doce, ou em uma perspectiva relacionada ao romantismo e à necessidade do encontro afetivo-sexual, o ideal do amor nos dois registros editoriais é marcado pela feminilidade, pelo que se espera que as mulheres sintam e pelo qual boa parte de suas vidas deve se mover. Como contraponto aos exemplos retirados dos volumes de autoajuda analisados, apresento uma análise de alguns títulos de altíssima vendagem, de origem britânica e com forte circulação nacional e internacional que vêm sendo associados ao rótulo de chick lit. Escritos por mulheres e para mulheres, contando de maneira bem-humorada a vida de outras mulheres, esse gênero literário vem ganhando repercussão e espaço nas prateleiras das livrarias - Sophie Kinsella e Marian Keyes são suas principais expoentes. Nos dois registros editoriais, parece ser impossível falar sobre a vida de mulheres sem mencionar a dimensão afetiva que a constitui como ser que ama e que cuida.

Panel P16
Gênero, moralidades, sexualidades e estéticas afetivo-sexuais: pensando a produção e circulação de pessoas, objetos e ideias na contemporaneidade (PT/ES/EN)
  Session 1