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Accepted Paper:

As Casas de Saúde Indígena no Brasil: aproximações sobre usos e reflexões indígenas em duas localidades  
Sílvia Guimarães (Universidade de Brasília) Marcos Pellegrini (Universidade Federal de Roraima)

Paper short abstract:

Este trabalho pretende discutir como as Casas de Saúde Indígena no Brasil, instituições que recebem os indígenas nas cidades para algum tipo de tratamento médico especializado, atuam como espaços disciplinadores. No entanto, micro-resistências são criadas pelos indígenas, subvertendo tais ações.

Paper long abstract:

Este trabalho pretende discutir como as Casas de Saúde Indígena no Brasil, instituições criadas com o objetivo de acolher os indígenas encaminhados de seus territórios ou dos pólos-base dos DSEIs para receber algum tipo de tratamento médico especializado nas cidades, atuam como espaços que fabricam corpos e pessoas a partir de uma moralidade biomédica vinculada a uma lógica estatal que persiste em tutelar os indígenas e por meio de uma temporalidade que lhes retira da dinâmica vida coletiva nas aldeias e os insere em uma rotina monótona e controladora dos sentidos e emoções. Como instituições disciplinadoras, essas passam a atuar a partir da criação de formas de controle de fluxos e de corpos, representando um caso paradigmático da política indígena da tutela no Brasil. No entanto, essa experiência de individualizar e controlar os corpos indígenas é limitada por micro-resistências vivenciadas pelos indígenas na rede de sociabilidade criadas, subvertendo os estigmas que lhes são imputados. Este trabalho pretende discutir, por um lado, essa situação disciplinadora e, por outro lado, as ações desencadeadas pelos indígenas que a revertem quando assumem o cuidado de si.

Panel P18
Saúde, estado e moralidades: antropologia em contraponto (PT/ES)
  Session 1