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Accepted Paper
Paper short abstract
Este trabalho procura reflectir sobre as imagens da cidade através do cruzamento dos conceitos de alimentação e identidade migrante.
Paper long abstract
Com base na pesquisa que desenvolvo para o meu doutoramento, procuro reflectir sobre as imagens da cidade através do cruzamento dos conceitos de alimentação e identidade migrante.
Nesse sentido, proponho um olhar sobre as comunidades cabo-verdianas que residem na região de Lisboa, identificando os diferentes territórios da alimentação (domésticos/públicos), práticas de consumo e ritmos (quotidianos, fins-de-semana, festivos) que giram em torno destes.
A alimentação é, a par de outras manifestações culturais, um dos pilares da estruturação da identidade. Logo, comer não deve ser visto como uma mera prática de nutrição biológica, uma vez que a conservação ou extinção de determinados hábitos alimentares trazidos da origem acarretam cargas simbólicas e culturais importantes para a leitura das identidades migrantes, devendo ser interpretadas como mecanismos identitários e culturais através dos quais se perpetuam memórias, se constroem narrativas e se (re)criam hábitos que viajaram desde a origem. A nostalgia dos sabores da terra, dos sabores tradicionais, da infância/juventude (cf. Danziger, 1992) prevalecem em muitos discursos, traduzidos, não raras vezes na noção de "kumida di téra".
Será pertinente, por isso, atentar nos hábitos alimentares que viajaram com o migrante e que continuam a ser valorizados (cf. Kaplan e Carrasco, 1999), mesmo quando existe o reconhecimento de novos hábitos e duma adaptação a práticas alimentares ditas portuguesas.
Trajetórias e identidades em contextos urbanos transnacionais
Session 1