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Accepted Paper:
Paper short abstract:
No debate sobre a afirmação identitária das nações, países caribenhos têm estabelecido novos consensos sobre o que representa a nação e as identidades culturais. Este trabalho trata da ideologia surinamesa apanjaht que fundamenta a agregação nacional pelo e no reconhecimento da diferenças culturais.
Paper long abstract:
A complexidade das sociedades caribenhas, que está expressa na heterogeneidade cultural, racial, das línguas faladas, na historicidade e experiência pós-colonial, é lugar privilegiado para a reflexão da tradição teórica da antropologia. Consideradas como fronteira aberta da antropologia cultural (TROUILOT, 1992) incitou a antropologia caribenha a construir uma perspectiva própria a fim de apreender as especificidades da região. Com predominância não-branca, dado o grande contingente de migrantes africanos escravizados e dos trabalhadores asiáticos contratados, não se constituíam como um lugar ocidental ou sociedades nativas de nenhum contato ou pré-contato, premissas sob as quais a antropologia havia construído seu corpo teórico. Denominadas sociedades de fronteira, em múltiplos sentidos, sociedades caribenhas revelam-se como lugares de liberdade, nos quais estando à margem econômica, política e social, criam sob perspectivas próprias, estratégias para articular diferenças culturais, étnicas, raciais, religiosas e políticas. Esta pesquisa, realizada no Suriname, focaliza o apanjaht, uma ideologia que fundamentou a construção de modelos para as práticas democráticas e a organização social do país legitimando, simbolicamente, a organização do poder político e a formação identitária dos diferentes grupos culturais. A ideologia apanjaht tem como princípio orientador o direito de ser e o dever de reconhecer o outro na diferença. Revela o compromisso surinamês com a democracia: agrega a diversidade sem fusioná-la e assume as tensões internas decorrentes da coexistência das diferenças. Neste sentido, este trabalho levanta a possibilidade do Suriname estar se constituindo como uma nação plural imaginada, na qual a agregação nacional se legitima pelo e no reconhecimento das diferenças culturais.
Experiências coloniais e seus legados: entre corpos, poderes e subjetividades (PT/ES)
Session 1