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Accepted Paper:
Paper short abstract:
A antropologia feminista da prisão consiste num posicionamento teórico e metodológico que intenta contribuir para o conhecimento aprofundado das representações e discursos de feminino e de feminilidade patentes nos regimes penitenciários das prisões femininas no contexto português.
Paper long abstract:
Esta comunicação apresenta justificações teóricas para a pertinência de uma antropologia feminista da prisão no contexto português, uma antropologia interventiva, inspirada nas metodologias feministas para questionar as políticas que (re)produzem a prisão e para dar visibilidade às mulheres reclusas. Este posicionamento teórico e metodológico constitui a base para a investigação das representações sociais e culturais de feminino e de feminilidade, patentes nas ideologias dos sistemas penitenciários, e de como estas se manifestam nas políticas e práticas prisionais das prisões femininas na actualidade em Portugal.
Assim, serão apresentadas as possibilidades analíticas da antropologia no estudo desta temática, através da análise de várias etnografias em contextos prisionais femininos. Em seguimento será realizado um enquadramento teórico da antropologia feminista e o cruzamento desta com teorias feministas pós-estruturalistas, que objectiva a busca de ferramentas e estratégias epistemológicas e metodológicas.
Por fim, serão apresentados os resultados do estudo exploratório que realizei sobre o "Sistema Penitenciário no Feminino no Contexto Português", onde foi verificada a permanência de um sistema estratificado de diferenciação sexual, reprodutor de representações e discursos de feminino e feminilidade que se reflectem nas várias dimensões sociais e culturais e nas prisões femininas. O que justifica a pertinência e a urgência de uma antropologia feminista, no referido contexto, proposta por esta investigação, que objectiva o estudo destas representações e discursos patentes nos regimes penitenciários e nos dispositivos de regulação, controlo e disciplina formais e informais das prisões femininas, e, que procura em simultâneo, (re)inscrever as agências e resistências das mulheres submetidas à reclusão.
Entre o aprender e o saber-fazer: Os «novos» na Antropologia
Session 1