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Accepted Paper:

Percorrendo trilhas fechadas: a reflexão sobre objetos nunca ou quase nunca estudados pela Antropologia  
Luiz Fernando Rojo Mattos (Universidade Federal Fluminense)

Paper short abstract:

Este trabalho se propõe a analisar as tensões entre o “racional” e o “emocional” para analisar, comparativamente, as opções em torno do recorte do objeto e das definições do lócus de pesquisa, nas quatro pesquisas que realizei entre os anos de 2001 e 2013, bem como seus impactos metodológicos.

Paper long abstract:

A permanente escolha do "inusitado" em minha trajetória de investigador talvez tenha constituído uma possibilidade, mais do que isso uma necessidade, de problematizar as motivações de determinadas opções, seja do objeto, seja do lócus de pesquisa. Seja em meu doutorado, cujo trabalho de campo foi realizado em uma comunidade naturista; no pós-doutorado, desenvolvido entre cavaleiros e amazonas do Rio de Janeiro e Montevidéu; na primeira pesquisa como professor universitário, feita com velejadores, no qual "o campo era o mar" ou no atual projeto de investigação entre atletas paralímpicos, optei por objetos que nunca, ou praticamente nunca, tinham sido abordados pela Antropologia brasileira. Além disso, a necessidade de se reafirmar permanentemente a "relevância" destes trabalhos - o que nem sempre acontece quando se estuda os objetos "canônicos" da disciplina - implicou em uma permanente atenção sobre as interações entre o "racional" e o "emocional" na definição de nossas agendas de pesquisa e a necessária reflexão sobre a desqualificação deste último, como aponta Lutz (1990) como sendo uma das motivações para que os aspectos mais subjetivos, não apenas na construção dos terrenos de pesquisa, mas no próprio desenvolvimento do trabalho de campo e posterior elaboração do texto etnográfico no qual o "anthropological blues" (DaMatta, 1987) deve ser direcionado para os bastidores das conversas de corredor dos encontros acadêmicos. Neste trabalho, portanto, pretendo analisar comparativamente estes quatro momentos de minha trajetória de pesquisador, procurando inserir um pouco da "carne, do sangue e do espírito" no "esqueleto" (Malinowski, 1986) de nossas reflexões metodológicas.

Panel P33
Objectivação participante e a Escolha do Terreno
  Session 1