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Barragistas foram pessoas que participaram na construção das grandes barragens surgidas nas décadas de 1950-60. A memória produzida pelos próprios sobre o seu passado em comum assenta em três vertentes: um testemunho escrito na época, a redação posterior de lembranças e as confraternizações.
Paper long abstract
O objetivo desta comunicação é identificar as componentes duma memória barragista, comparando-a com a de outros grandes empreendimentos públicos, tais como o bicho de obra da construção da capital Brasília (G. Lins Ribeiro). Na década de 1950-60 iniciou-se a construção das grandes barragens destinadas à eletrificação do país. O plano arrancou no Douro Internacional com a barragem de Picote (1954-58). Um grande estaleiro foi montado em Barrocal do Douro, num sítio despovoado e acidentado, onde chegaram a conviver alguns milhares de pessoas. Barragistas são pessoas que direta ou indiretamente estiveram implicadas na atividade do estaleiro, no seu abastecimento em materiais, alimentação ou diversões: engenheiros, arquitetos, operários especializados, trabalhadores indiferenciados, pessoal de serviços de apoio, familiares. Há um corpus de memória evocativo desta época da implantação da hidroeletricidade. Assenta na obra O lodo e as estrelas (1960), da autoria do então capelão da Empresa Hidroeletrica do Douro (a empresa proprietária), padre Telmo Ferraz, as posteriores confraternizações e encontros regulares ou episódicos entre os engenheiros e entre os trabalhadores, finalmente a redação posterior de lembranças publicadas em livro.
Entre passado e futuro: antropologia, memória, património e «horizontes de expectativa»
Session 1