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Accepted Paper:

Os limites da antropologia: representações de populações e o Estado colonial português em Angola  
Carla Susana Alem Abrantes (Unilab - Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira)

Paper short abstract:

As narrativas etnográficas utilizadas para a descrição de populações angolanas nos anos 1950 e 1960 são apresentadas com o objetivo de estabelecer conexões do saber antropológico produzido em uma instituição de ensino e pesquisa em Lisboa e os projetos coloniais definidos para Angola.

Paper long abstract:

Nesta comunicação, apresento a escrita da história e hábitos das populações angolanas por alunos do Instituto Superior de Estudos Ultramarinos (ISEU) e o modo como ganhou existência e se constituiu como discurso significativo para os agentes comprometidos em um campo social no contexto de elaboração dos projetos coloniais dos anos 1950/1960. Com os movimentos de independência e os desdobramentos da II Guerra Mundial, novas formas de nominação das populações emergiram deixando para trás as caracterizações próprias das primeiras décadas do Estado Novo. Considero tais narrativas como produtos de um fazer etnográfico que não esteve isolado, mas antes conectado à ideia de um Estado que se pretendia legítimo. As etnografias conformaram elos com uma engrenagem mais ampla que concatenou variados saberes no interior de redes de relações sociais, contribuindo para produzir representações sobre Angola, sua população e os modos de governá-la.

Panel P48
Os antropólogos e o projeto colonial: as interfaces de um saber
  Session 1