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Accepted Paper:
Paper short abstract:
O objetivo da comunicação é compreender o sentido do compadrio na organização social e cosmológica do povo indígena Chiquitano que vive no Brasil, falantes da língua isolada chiquitana e do português. Analiso as regras do compadrio, a noção do respeito e a diferença entre parentes e compadres.
Paper long abstract:
O povo indígena chiquitano é oriundo da Missão Jesuítica de Chiquitos, que entre os anos de 1691 e 1754, reuniu etnias com mais de 50 línguas diferentes, em 10 aldeamentos na região do Oriente Boliviano. Atualmente, uma parte vive na Bolívia, no departamento de Santa Cruz e ocupa as províncias de Nuflo de Chaves, Velasco, Chiquitos e Sandoval. Outra parte vive no Brasil, ao Sudoeste do Estado de Mato Grosso; a maioria fala português, embora utilize o espanhol nas práticas rituais. O compadrio, que ocupa posição privilegiada na organização social e cosmológica é uma dessas práticas; não depende do batismo cristão, podendo ocorrer em diferentes contextos e por meio de acordos entre as partes interessadas. Há diferentes tipos de compadrio para diferentes tipos de relações. A principal regra é o respeito mútuo, já que compadres não podem brigar entre si, pois tal desobediência resultaria no desvio da alma do morto a caminho do céu. E, igualmente, entre compadres e comadres é negada a relação amorosa, já que por meio do compadrio, ocorreria a consanguinização das relações. O compadrio entre os Chiquitano parece indicar a fabricação da alteridade, a produção do parentesco e a interdição do incesto
Transformações do espaço ameríndio na América do Sul (PT/EN/ES)
Session 1