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Accepted Paper:
Paper short abstract:
Esta comunicação pretende mostrar de que forma a idade de reclusas com mais de 50 anos molda as vivências prisionais, a construção social do tempo de reclusão assim como as expectativas futuras de reinserção na sociedade.
Paper long abstract:
O envelhecimento, enquanto fenómeno social, é encarado como um dos desafios mais prementes do século XXI. A sociedade portuguesa tem assistido, nas últimas décadas a um acentuado envelhecimento demográfico. A população prisional não é imune a este fenómeno: nos últimos anos, em vários países da Europa e da América do norte, tem-se assistido a um aumento progressivo do número de indivíduos mais velhos nas prisões. Em Portugal, nos últimos tempos, várias notícias veiculadas na Imprensa têm vindo a evidenciar também essa mesma realidade.
Partindo de um conjunto de entrevistas com mulheres com mais de 50 anos realizadas no Estabelecimento Prisional Especial de Santa Cruz do Bispo, nesta comunicação almeja-se compreender de que forma a idade pode condicionar a forma como vivem o tempo de reclusão assim como as suas expectativas futuras de reinserção na sociedade.
Os resultados mostram que a idade, associada ao processo biológico, mas sobretudo, cultural do envelhecimento, pode condicionar a forma como encaram a reclusão, sendo o cumprimento da pena encarado como um tempo perdido e irrecuperável. A idade condiciona igualmente a forma como as reclusas veem o seu futuro, sendo minado pelo medo de morrer na prisão e pelas incertezas projetadas para a vida no exterior.
Antropologia da(s) idade(s) (PT/ES/EN)
Session 1