Click the star to add/remove an item to/from your individual schedule.
You need to be logged in to avail of this functionality.
Log in
Accepted Paper
Paper short abstract
Este trabalho analisa os sentidos de um "armário trans" a partir de uma etnografia do ativismo de travestis e transexuais no Brasil. Centrando-se em tensões diversas instituições modernas envolvidas na carpintaria de tal armário e as resistências às mesmas.
Paper long abstract
Este trabalho é resultado parcial da pesquisa que venho realizando no âmbito do Doutorado no IMS-UERJ. A partir de uma etnografia ativismo de travestis e transexuais no Brasil, investigo os usos da "visibilidade" como ferramenta política na luta por reconhecimento. No campo, repetia-se a ideia de que travestis e transexuais, ao contrário de gays e lésbicas, não teriam como ocultar o estigma e sofreriam mais preconceito. Seria o estigma das experiências trans automaticamente visível? Podemos falar em "armário trans"? O melhor caminho para explorar o "armário trans" é pelas situações de "sair do armário" ou de "outing". "Sair do armário", para essas pessoas, teria dois sentidos: (i) iniciar as transformações corporais e (ii) revelar-se "trans" durante uma interação social. Além dessas situações, algumas cenas etnográficas sugerem que a evidência do estigma trans não é imediata. Nesse sentido, proponho uma discussão em torno dos sentidos desse "armário trans". Passando pelas respostas de diversas instituições modernas envolvidas na manutenção/produção da "incomensurabilidade dos sexos" forja-se um jogo de tensões entre sistemas de visibilidade, de conhecimento e de poder. Revisitando as considerações de Sedgwick, em sua "Epistemologia do Armário", percebemos que conjuntamente com as díades segredo/revelação e privado/público, mais claramente condensadas nas metáforas do "armário", uma crise de definição marca outras díades fundamentais para a organização cultural moderna. Nesse sentido, instituições como a medicina, a religião, a justiça, o sistema educacional, entre outras, se apresentam ativamente na carpintaria do armário, dando sentido às diferentes díades da crise epistemológica da modernidade. Mas não sem resistência.
Gênero, sexualidade: marcadores sociais de diferença, relações de poder e circulações em diferentes escalas
Session 1