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Accepted Paper:

Mulheres muçulmanas brasileiras dizem não ao Femen": discutindo feminismos no Islã brasileiro  
Francirosy Ferreira (USP)

Paper short abstract:

No último 4 de abril ativistas do Femen Brasil e Internacional encabeçaram o que chamaram de “jihad do topless” em apoio a ativista tunisiana, Amina. No Brasil, mulheres tiraram suas peças de roupa frente à mesquita xiita, no bairro do Brás, em São Paulo...

Paper long abstract:

rapidamente esta manifestação ganhou a rede social, principalmente levada por mulheres muçulmanas brasileiras, que se autodenominam feministas e contra este tipo de abordagem. Segundo elas, o Femen não as representa, e muito menos a "salvam" de qualquer estigma ou subjugação social e religiosa, como é comum nos discursos proferidos por essas ativistas. No dia 20 de abril, mulheres muçulmanas brasileiras fizeram uma pequena manifestação no vão Livre Masp, palco frequente de manifestações na capital paulista contra a forma de atuação do Femen no Brasil.

A proposta desta comunicação é apresentar os discursos proferidos tanto pelo Femen brasileiro e internacional, assim como trazer os discursos e contra-discursos de mulheres muçulmanas brasileiras e não brasileiras, a fim de compreender, se surge no Brasil um novo campo a ser explorado o "feminismo islâmico". Em outros países esta nomenclatura pode ser até usual, mas no Brasil, nesses quinze anos de pesquisa nunca havia ouvido uma muçulmana se auto definir como feminista. O interessante é que a principal ativista é uma munacaba, uma muçulmana revertida que usa niqab há três anos. Em São Paulo, segundo esta interlocutora há 10 munaqabas. Esta comunicação retoma a ideia de Lila Abu-Lughod a respeito da "salvação" das mulheres muçulmanas e dos constrangimentos que a antropologia tem que se livrar se quiser discutir com densidade essas questões. Será importante também refletir sobre este "novo" discurso que surge nas comunidades islâmicas.

Panel P54
Ainda a Sul: identidades e cidadania em contextos árabes e islâmicos
  Session 1