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Accepted Paper:

Construções do 'popular': aproximações e afastamentos entre arquitetura e antropologia  
Marta Prista (CRIA NOVA FCSH (Centre for Research in Anthropology NOVA University of Lisbon School of Social Sciences and Humanities))

Paper short abstract:

Reflexão sobre diálogos interdisciplinares através de um exame às proximidades e afastamentos de escopos disciplinares, de abordagens metodológicas e de quadros concetuais manuseados pela arquitetura e pela antropologia no estudo da arquitetura popular em Portugal, a partir de meados do século XX.

Paper long abstract:

Os diálogos entre arquitetura e antropologia em Portugal passaram pela convergência de um interesse pela arquitetura popular ao longo do século XX, de que resultaram levantamentos e publicações por arquitetos e por antropólogos.

Estes materiais revelam aproximações e afastamentos que podem ser medidos em dois tempos da sua produção. Num primeiro tempo (anos 50/60), trata-se um diálogo implícito entre a tematização da arquitetura como tecnologia de produção pela antropologia, e a leitura do popular como herança e ensinamento técnico, formal e cultural para os arquitetos. Num segundo tempo (anos 80/90), o diálogo é mais explícito, com a antropologia a considerar representações específicas da arquitetura nas formas de espacialização das práticas sociais, e arquitetura a adotar abordagens metodológicas e conceitos da antropologia como validação científica. No conjunto, antropologia e arquitetura constituíram a arquitetura popular objeto de interesse disciplinar e repensaram a sua categorização, primeiro, num quadro marcado pelas distinções entre rural e urbano, tradicional e moderno; depois aceitando as influências e implicações mútuas entre os universos do popular e do erudito.

Nesta comunicação pretende-se examinar como: (1) versando sobre um tema comum, optando por abordagens metodológicas similares e construindo conceções de arquitetura popular afins, arquitetura e antropologia produziram, ainda assim, leituras distintas sobre o objeto em estudo; e (2) compreender os movimentos de aproximação e distanciamento entre as duas disciplinas no quadro das exigências e limites de campos de ação específicos, cuja autonomia lhes garante identidade e continuidade científica.

Panel P45
Símbolos nômades: usos e apropriações da antropologia pelas ciências sócio humanas (PT/EN/ES)
  Session 1