Click the star to add/remove an item to/from your individual schedule.
You need to be logged in to avail of this functionality.

Accepted Paper

Construção social das emoções da morte. Sobre linhas etnográficas em cidades   
Susana Durão (UNICAMP (São Paulo, Brazil))

Paper short abstract

Existe uma tradição antropológica de estudo da “construção social da emoção” em relação à morte e rituais funerários. Que ampliações e metáforas imaginar, seguindo o exemplo do que Victor Turner fez com a noção de liminaridade, para as questões da vida, morte e afeto no mundo contemporâneo?

Paper long abstract

Mauss e Hertz, e mais recentemente Bloch e Parry, entre outros antropólogos, apresentaram-nos estudos comparativos sobre a "construção social da emoção" em relação à morte e aos rituais funerários. Vida e morte são analisadas como parte integrante de um mesmo processo. Mas se em várias sociedades "tradicionais", estudadas pelos antropólogos, a morte é transformada numa dinâmica indispensável para a continuação da vida, essa correspondência tende a não ser tão clara em sociedades ocidentais contemporâneas ou, melhor dizendo, nas grandes cidades do "extremo ocidente" - urbanizadas, capitalizadas, desiguais e movimentadas. A interpretação dos autores é que nesses lugares da modernidade tardia os rituais funerários atenuam o seu papel de "fonte de vida" pois o indivíduo é concebido em termos que o opõem à sociedade; a morte da pessoa não afeta a "grande roda" da cidade. A morte individual não põe em risco a continuidade social. Nesse sentido, que novas concepções e linhas de estudo podemos propor? Que ampliações e metáforas imaginar, seguindo o exemplo do que Victor Turner fez com a noção de liminaridade, para as questões da vida, morte e afeto no mundo contemporâneo?

Panel P04
Morte, sacrifício e sofrimento na antropologia, ontem e hoje (PT/EN/ES)
  Session 1