Click the star to add/remove an item to/from your individual schedule.
You need to be logged in to avail of this functionality.
Log in
Accepted Paper:
Paper short abstract:
O objectivo desta comunicação é realizar uma aproximação analítica à construção discursiva da bancarrota como problema social, simultaneamente nacional e individual, que legitima a implementação de programas de governo da conduta financeira.
Paper long abstract:
A comunicação analisa a definição da bancarrota como um problema social de natureza simultaneamente colectiva e individual. Essa definição baseia-se numa modalidade de racionalidade política específica, a partir da qual, são implementadas um conjunto de medidas encaminhadas à autocorrecção da conduta financeira da população mediante programas de literacia financeira. Como tal, estuda-se a continuidade argumentativa que vai desde a insolvência do Estado até à das famílias (e vice-versa) e o seu ajuste aos programas que visam a responsabilização financeira dos indivíduos. Em termos teóricos, a comunicação apoia-se numa dupla articulação entre pressupostos clássicos do construtivismo social e as contribuições de inspiração foucaultiana que fazem parte das análises da governamentalidade. Em termos empíricos,
a) a definição social da bancarrota é reconstruída com recurso a notícias da imprensa, rádio e televisão durante o período 2009-2012, nas quais um conjunto privilegiado de actores sociais em função da sua perícia técnica e/ou posição política, têm assumido um protagonismo fundamental na objectivação da bancarrota portuguesa, quer ao nível do Estado, quer ao nível das famílias.
b) A racionalidade política que subjaz a essa definição, assim como o regime de práticas inspiradas nela, serão abordados através da documentação oficial produzida pelo Estado português sobre o Plano Nacional de Formação Financeira.
Dimensões etnográficas do sistema financeiro (PT/EN/ES)
Session 1