Click the star to add/remove an item to/from your individual schedule.
You need to be logged in to avail of this functionality.
Log in
Accepted Paper:
Paper short abstract:
Nesta pesquisa, por meio do acesso às categorias constitutivas da cibercultura, tenta-se explicitar e compreender as lógicas subjacentes às ações dos militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nas lutas travadas no ciberespaço em busca de reconhecimento e visibilidade.
Paper long abstract:
Na década de 1950, antropólogos como Mitchell (2010) desenvolveram pesquisas de campo pioneiras nas cidades. Esses estudos foram motivados principalmente pela migração do homem às áreas urbanas, onde o modo de vida tribal foi reconfigurado. Há pouco mais de duas décadas, antropólogos e demais pesquisadores das ciências sociais enfrentam o desafio de compreender as consequências da "migração" do homem ao ciberespaço. Nesse sentido, a pesquisa etnográfica oferece mecanismos para interpretar esse mundo social, o qual possui protocolos específicos estruturadores das práticas sociais. Estas são perpassadas por relações de poder materializadas nas disputas sociais, sejam motivadas por questões exclusivas ao mundo online ou ao alargamento dos embates do mundo offline. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mais antigo movimento camponês brasileiro, ocupou o ciberespaço e ali desenvolve diversas ações de luta no campo simbólico. Esta pesquisa, que está em desenvolvimento na Universidade Federal de Campina Grande e será concluída em aproximadamente três anos, tem como um de seus objetivos compreender as apropriações e os usos das novas tecnologias pelo MST. A "netnografia", que tem como campo o ciberespaço, permitirá o domínio da linguagem e da etiqueta desenvolvidas no ciberespaço e facilitará a compreensão dos mecanismos ordenadores dessas práticas culturais. Só depois de entender as lógicas subjacentes às práticas culturais será possível analisar cientificamente se e como as ações dos sem-terra são pautadas pelas lógicas desse universo ou se as subvertem, bem como relacioná-las adequadamente com as demais estratégias de luta, no campo simbólico, empregadas pelo movimento no mundo offline.
Terrenos múltiplos, terrenos fluídos: novos modos de fazer trabalho de campo
Session 1