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Accepted Paper
Paper short abstract
Esta comunicação analisa os processos de reforma financeira em curso a partir de três ideias complementares: 1) uma ideia de continuidade institucional (cf. Tarde e Arrighi); 2) uma ideia de conversação formal pública; e 3) uma ideia de metafísica (cf. Collingwood).
Paper long abstract
A crise de 2007-2008 trouxe consigo a urgência de uma ampla reforma do sistema financeiro. Desde então, novas instituições foram criadas — como o Financial Stability Board (sob os auspícios do G20) ou as novas Autoridades de Supervisão Europeia (impulsionadas pela Comissão e pelo Conselho Europeus) —, assim como todo um conjunto de acordos, regulamentos, standards e linhas orientadoras de âmbito internacional. Esta comunicação propõe-se olhar para estes processos de reforma financeira a partir de três ideias complementares: 1) uma ideia de continuidade institucional, segundo a qual aquilo que é apresentado como 'novo' nos aparece como um prolongamento ou mesmo como um reforço de estruturas já existentes, tendo a sua inspiração no conceito de 'imitação' avançado por Tarde, assim como na distinção entre 'mudança contínua' e 'mudança descontínua' proposta por Arrighi; 2) uma ideia de discussão formal pública entre as partes interessadas, tomando como exemplo empírico o caso da remodelação da LIBOR e de outros índices financeiros, e que conduzirá a uma apreciação da sugestão de Maurer sobre o dinheiro como uma espécie de guião cinematográfico onde o fim já é conhecido e o que verdadeiramente conta é o modo como ele é encenado, discutido, comentado; e 3) uma ideia de metafísica, inspirada no filósofo R. G. Collingwood, destinada a sublinhar aquilo que, num contexto de mudança contínua assente em conversações formais envolvendo diversos parceiros, raramente entra em discussão — e que é o dinheiro propriamente dito — ou o dinheiro enquanto conceito, sinal, símbolo, ficção — numa palavra, o dinheiro enquanto realidade antropológica.
Dimensões etnográficas do sistema financeiro (PT/EN/ES)
Session 1