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Accepted Paper
Paper short abstract
Neste trabalho, apresento uma descrição densa do ciclo de produção de medicamentos a partir de plantas medicinais e conhecimentos tradicionais tendo como referência uma etnografia 'em rede' realizada junto a farmacólogos brasileiros que atuam na Amazônia, junto a uma comunidade de ribeirinhos.
Paper long abstract
Neste trabalho descrevo a produção de medicamentos a partir de plantas medicinais e conhecimentos tradicionais, tendo como referência uma etnografia realizada junto a farmacólogos que atuam na Amazônia, junto a uma comunidade ribeirinha. Essa experiência etnográfica foi inspirada na teoria ator-rede (Latour, Callon e Law), nas reflexões de Hacking sobre epistemologia histórica e nos trabalhos de Foucault sobre saber e poder no âmbito das redes científicas e governamentais. O trabalho apresenta reflexões sobre o projeto científico da farmacognosia, abordando a sua interface com as políticas publicas na área de saúde e com os saberes medicinais de comunidades tradicionais amazônicas. Ao percorrer a rede sociotécnica associada a esse projeto, veremos como vem ocorrendo o "diálogo" de saberes no campo da biomedicina, que ganhou importância com a recente problematização da relação entre as ciências ocidentais e os conhecimentos tradicionais, dando origem a uma série de temas correlatos, como os procedimentos de repartição de benefícios, a realização de consentimento informado e os debates sobre propriedade intelectual. A noção de 'tradução' é agenciada na descrição da relação entre as práticas de conhecimento científicas e ribeirinhas, levantando uma série de questionamentos sobre o caráter 'fluído' dos objetos que circulam nas redes e assumem múltiplos significados ao serem apropriados em contextos diferenciados de ação política.
Saúde, estado e moralidades: antropologia em contraponto (PT/ES)
Session 1