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Accepted Paper:

"Estado" e "Democracia" em "campo": Dois grandes mitos na política e as dinâmicas de mudanças sociais no fazer etnográfico.  
Fabricio Bonecini Almeida (Universidade Nacional de Brasília)

Paper short abstract:

Este trabalho se propõem a refletir sobre dois “mitos” idealizados na política: “Estado” e “Democracia”. O objetivo é apontar para possíveis brechas compreensivas nas mudanças sociais envolvendo esses fenômenos e os possíveis ganhos à prática etnográfica.

Paper long abstract:

Nesta proposta importa saber quais eram as condições e as contingências histórias (Elias, 1990) que mobilizaram de forma não-intencional (ou racional), a criação de certa maneira ordenada de mecanismos de distribuição de poder entre "iguais", cidadãos enquanto detentores de direitos salvaguardados por uma entidade política, o "Estado". Considerando as assimetrias entre os membros da pólis, os "gregos antigos" deixaram um legado, a ideia de "democracia".

Parece fundamental contrariar a suposição de que em regimes democráticos as relações de poder "oficiais", as assimetrias de "acesso" estabelecidas por "redes políticas" serão permeadas necessariamente pela transparência e descentralização do "poder". As formas de legitimação do poder que a retórica do "estado-nacional democrático" professam não resolveram questões que por aparente principio constituiriam a substância da ideia de "democracia".

O "tempo" das relações e dos encontros estabelecidos no fazer etnográfico são desafiados em contraste com a temporalidade dos fenômenos que nos propomos compreender, com o ritmo no qual mudaram e se-nos apresentam. Não confundem-se "presente" e "verdade", assim como não o ocorre com o "passado".

A percepção do "tempo" não precinde necessariamente da cisão entre sincronia e diacronia. Essa cisão torna-se muito pouco explicativa dos fenômenos que conferem sentido à temporalidade "presente" e às contigências que são parte de mudanças sociais. Para manter a linguagem corrente, algo como uma "sincronia dinâmica" ou "temporalidade sócio-orgânica" sejam bons indícios para críticas da percepção do tempo e mudanças sociais e, também, da atuação de etnógrafos em "campo" no estudo de elites, de instâncias estatais e de governo.

Panel P59
Etnografias de processos de governança
  Session 1