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Accepted Paper:
Paper short abstract:
A partir de uma abordagem antropológica e, evidenciando as tensões éticas entre Saúde Pública e Antropologia, apresenta-se uma história de vida de um jovem de 25 anos que tentou suicídio duas vezes por motivos ligados à sua identidade de gênero e orientação sexual.
Paper long abstract:
Estudos centralizam a problemática do suicídio de jovens não-heterossexuais numa origem
homofóbica - porque a homofobia resulta de um arquétipo normalizador dos sexos, gêneros
e sexualidades que, em seu ardil, subjaz uma redução pautada em um binarismo homo/
heterossexual em que estão recônditos os discursos políticos tanto de movimentos sociais
quanto daqueles institucionalizados pelo Estado. Nesse entremeio, pode estar a raiz de um
sofrimento social.
Por outro lado, enquanto fundamento, as metodologias da Etnografia possibilitam
uma problematização interseccional que proporcionam uma análise, ipso facto, multi/
interdisciplinar de tal sofrimento social. Especificamente, tomando por base uma abordagem
etnográfica de história de vida, o objetivo desta comunicação é apresentar um caso
circunscrito à problemática - em que pesem os conceitos apresentados anteriormente -, e
discutir os possíveis desdobramentos éticos de uma pesquisa que se propõe fundamentada em
bases da Antropologia e seus vieses de Saúde Pública, evidenciando uma tensão entre as duas
áreas de conhecimento.
Nosso sujeito etnográfico é um jovem de 25 anos que se identifica como homossexual, que já
tentou suicídio duas vezes, atribuindo como causa, primordialmente, questões ligadas à sua
orientação, identidade e expressão sexuais.
Tal discussão se encontra em um vórtice de tensões epistemológicas entre as subjetividades
pertinentes às teorias de gênero (masculinidades e teoria queer, em especial), enquanto crítica
de uma normalização do sexo, da identidade e das sexualidades, subjacentes em discussões
antropológicas; e a objetividade de um tema como o suicídio na Saúde Pública - que, per se, já
erige uma tensão da ética enquanto um de seus campos de normalização.
Antropologias da saúde pública
Session 1