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Accepted Paper
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Os refugiados constituem uma das populações mais vulnerabilizadas. Na presente crise económica e social, os compromissos de protecção anteriormente assegurados pelo Estado, são agora desrespeitados, provocando sentimentos de desorientação e injustiça entre os que aqui pedem asilo.
Paper long abstract
As recentes alterações à lei provocaram uma fragilização ainda mais acentuada, nas vidas dos refugiados. O desemprego, a redução dos frugais subsídios e o envio dos requerentes de asilo, por parte da Segurança Social, para municípios localizados longe do distrito de Lisboa, agudizam, ainda mais, a precariedade das suas vidas. Perante esta situação, que estratégias de sobrevivência e resiliência encontram os refugiados, quando falham todos os apoios institucionais e sociais? A solidariedade e interajuda entre pares, ainda é um recurso, quando todos os outros falham? Ou a solução passa por vias mais radicais, como a fuga para países onde passarão a trabalhar clandestinamente, sujeitando-se à condição de "ilegalidade" imposta e, consequente, perseguição e risco de expulsão da UE? Ou será que apenas lhes resta uma vida sujeita à "caridade", materializada através das cantinas sociais e albergues para sem-abrigo? Muitos refugiados, em particular os que se encontram profundamente traumatizados, acabam por desaparecer, sendo praticamente impossível encontrar o seu rasto. Mas também há aqueles que decidem organizar-se através da criação de estruturas associativas e, a partir daí, lutar pelos seus direitos e por uma maior visibilidade social e política. Assistimos pois ao que Fassin se refere como sendo o oscilar entre políticas e atitudes sociais de "compaixão" e "repressão". Também se aplica a estas realidades o conceito de "governmentality" (Foucault,1991), tendo em conta que cada vez mais, as instituições, através das suas atitudes, passam a tomar as populações mais frágeis, como objectos.
Crise e mudança de modos de vida
Session 1