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Accepted Paper:
Paper short abstract:
Esta comunicação propõe refletir sobre a relação colonial enquanto um processo construído em experiências concretas e tecido entre vários agentes. Para isso problematizam-se as práticas coloniais da 'tradição' e do 'folclore nativo' através do idioma do corpo.
Paper long abstract:
Em contextos coloniais não ocidentais, as relações que a administração colonial estabeleceu com as populações nativas passaram, em grande medida, por processos de apropriação das culturas autóctones através do levantamento etnográfico das suas expressões culturais classificadas como 'tradicionais'. Se nas metrópoles a construção moderna do Outro se fez como 'Povo', no Império essa construção passou pela classificação científica do Outro como 'Primitivo', aliando as categorias de ´raça', 'etnia' e 'tribo' à noção de 'popular' alicerçada na ideia de 'tradição' - vista como primordialidade, antiguidade e autenticidade em oposição à 'modernidade'. Esses processos ocorreram precisamente no contexto colonial português em Angola, na Lunda, no âmbito da Diamang (Companhia de Diamantes de Angola) entre as décadas de 1940 e 1970. Entre outras iniciativas, a Diamang criou as Festas Folclóricas animadas pelos Grupos Folclóricos Indígenas.
Partindo dessas experiências, e analisando materiais de arquivo entre 1940 e 1950, esta comunicação propõe identificar e problematizar as complexas formas pelas quais o corpo - o vestuário, as danças e a música - se constituiu como uma ferramenta performativa e identitária. Essa pesquisa revela também algumas das fragilidades da dominação colonial, o que permite refletir sobre a participação ativa do Outro na construção de uma autoridade colonial não absoluta e antes negociada no terreno entre vários sujeitos.
Experiências coloniais e seus legados: entre corpos, poderes e subjetividades (PT/ES)
Session 1