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Accepted Paper:
Paper short abstract:
O discurso "a fome brasileira" opera uma redução do Outro, do suposto faminto ao seu próprio estomago; autorizando daí, a reprodução midiática de uma imagem de faminto distanciada da possibilidade de sentido político e incapaz de enfrentar a discussão das brutais desigualdades sociais no Brasil.
Paper long abstract:
O presente ensaio retoma a trajetória da pesquisadora e autora no estudo do discurso de fome no Brasil. Para tanto ela irá pressupor que as condições de produção do dito a fome brasileira termina por reduzir o Outro - o suposto faminto - ao seu próprio estomago; instituindo daí uma imagem de faminto distanciada da possibilidade de empoderar-se de um poder politico, de decisões sobre a condução da construção da cidadania brasileira. A ideia imagética de faminto descritas em palavras estaria sendo produzidas a partir dos anos 30 no paralelo da "descoberta da fome" pelo medico nutrologo Josuel de Castro e oportunizada para os dias de hoje pela mídia jornalística e televisiva. A "fome brasileira" enquanto uma categoria totalizadora logrou-se capaz de abarcar em si os possíveis conceitos de desigualdades sociais operantes no Brasil, tornando-se hegemônica no discurso politico governamental quando afirma que é a fome o mal maior em nosso país. Refletir sobre o sentido do dito "combate a fome brasileira" é o que se deseja neste ensaio de forma a sugerir pistas para a discussão sobre a violência institucional e seus desdobramentos nas relações sociais, particularmente quando se enfrenta as péssimas condições das escolas públicas das series iniciais, e os altos índices de "criminalidade" praticada por crianças e jovens no Brasil.
Palavras chave: fome brasileira; desigualdades sociais; etnografia; colonização; escola básica; violência.
Experiências coloniais e seus legados: entre corpos, poderes e subjetividades (PT/ES)
Session 1