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- Convenors:
-
Lorena Sancho Querol
(Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra)
Daniela Araújo
- Discussant:
-
Carla Gonzalez
- Location:
- A1.10, Reitoria/Geociências (Map 10)
- Start time:
- 10 September, 2013 at
Time zone: Europe/Lisbon
- Session slots:
- 2
Short Abstract:
Numa atmosfera global onde a diversidade, o hibridismo, e as sonoridades locais formam parte da gramática do desenvolvimento humanizado e sustentável, centramos a atenção no processo museológico, para reconhecer a sua capacidade de dinamizar memórias, de construir respostas, de enraizar presentes.
Long Abstract:
Numa conjuntura marcada por uma nova relação com o ambiente, onde o modelo ecocêntrico e o antropocêntrico deixam de competir pelo domínio um do outro, emergem renovados desafios de gestão partilhada, de coesão social e territorial, de diálogo intercultural e de resignificação da diversidade nas suas diferentes escalas.
Neste contexto, a cultura apresenta-se como um importante factor de equilíbrio social e económico, e o museu, enquanto agente de escuta, valorização e articulação dos conhecimentos e práticas associados ao território, ocupa um lugar privilegiado de diálogo que permite dinamizar e resignificar a diversidade local sob uma óptica contemporânea.
Marcados pela negociação de consensos e conflitos, por inclusões e exclusões, por manifestações de estruturas de poder e das distintas agências dos/as atores/as sociais, aos processos de ativação patrimonial liderados pelos museus, exige-se hoje um efetivo envolvimento das comunidades.
Essa lógica colaborativa e inclusiva, directamente vinculada à construção de uma nova justiça social, coloca sobre a Antropologia diversos acentos sociais, relacionados com a legitimação dos processos de patrimonialização, com a pesquisa enquanto alavanca de envolvimento e actuação das comunidades, ou com o desenvolvimento dos novos potenciais do diálogo social em períodos de grande mudança.
Neste painel, abrimos espaço ao conhecimento de diferentes experiências museológicas que colocam a participação no eixo central do processo museológico e que, sob diferentes enfoques teóricos e metodológicos, abrem caminho a novas formas de inclusão, valorização e resignificação contemporânea da memória.
Accepted papers:
Session 1Paper short abstract:
Esta comunicação tem por objetivo uma descrição etnográfica do programa SAP - Sala do Artista Popular - e suas relaçãoes com o campo das artes populares no Brasil, a partir das categorias arte popular, pesquisa etnográfica, mercado e sustentabilidade
Paper long abstract:
O Programa Sala do Artista Popular - SAP -, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/IPHAN, foi criado em 1983. Seu objetivo é a pesquisa, documentação, difusão e fomento das artes populares e artesanato tradicional brasileiros. Ao longo de 30 anos foram realizadas mais de 170 exposições com indivíduos e comunidades das mais variadas regiões do país. Estas mostras envolvem a pesquisa, produção de um catálogo etnográfico, venda de peças e presença dos artífices na inauguração para que possam interagir com o público, bem como o tratamento museológico que é dado a seus respectivos trabalhos. O programa - que mantém um espaço de comercialização permanente - tornou-se uma referência possibilitando, para além do reconhecimento simbólico, o escoamento da produção destes indivíduos e grupos, abrindo-lhes portas para novas oportunidades. Esta comunicação tem por objetivo uma descrição etnográfica do programa SAP e suas relações com o campo das artes populares no Brasil, a partir das categorias arte popular, pesquisa etnográfica, mercado e sustentabilidade.
Paper short abstract:
Uma das funções do museu é refletir a identidade da comunidade, dotando-a com as ferramentas necessárias para a sua efetiva leitura, através dos conteúdos do património (i)material, dinamizando as memórias individuais e de grupo, criando novas leituras e potenciando diálogos com outros públicos.
Paper long abstract:
O museu constitui-se um motor de desenvolvimento sociocultural da comunidade, num contexto político democrático, suprindo a necessidade de uma abordagem interdisciplinar e ecológica, na procura de (re)conhecer concretamente a comunidade que o rodeia.
Tem existido assim, um movimento no sentido da potencialização das comunidades, da sua identidade cultural e histórica. Mas, esta não se resume a uma só linha de ação - há que garantir que toda a população tem o mesmo acesso à mesma informação: ao património material e imaterial, como é defendido na conceção atual de museu. É assim necessário desenvolver estratégias adequadas às necessidades da comunidade, pois, democratizar a memória é também fazer chegar o património artístico dos museus a todos os públicos, sem excepção.
Neste sentido, apresentam-se as principais descobertas de um projeto de investigação-ação desenvolvido no MNMC, com um grupo de adultos idosos com demência e respetivos cuidadores informais. Consubstanciado na promoção da qualidade de vida e da cidadania ativa para todos/as os/as cidadãos/as, numa matriz de respeito pelos direitos e liberdades fundamentais, sustentado em estudos que atestam as mais-valias da intervenção não-farmacológica nas demências, este projeto visou promover a qualidade de vida e o bem-estar através da fruição e (re)interpretação de obras de arte. Inspirado no "Meet Me at MoMA" e intitulado "EU no musEU", contou até à data com 15 sessões [90' cada] em que participaram 2 grupos [cuidadores e pessoas com demência] tendo sido dinamizado por uma equipa multidisciplinar de 15 profissionais.
Paper short abstract:
This paper aims at analysing the poetics and politics of exhibition and interpretation at The Cardiff Story museum, the local museum of the Welsh capital which opened in 2011, and at reflecting how it reinvents and commodifies Cardiff’s past and history for residents and tourists alike.
Paper long abstract:
Cardiff has been subjected to considerable urban, economic, social and cultural transformation. As a post-industrial city now devoted to culture, entertainment and consumption, Cardiff was one of the few European capital cities without a museum dedicated to its history and heritage. This changed in 2011 with the opening of The Cardiff Story museum. Housed in the Old Library emblematic building at the heart of the city, this museum offers the ground floor gallery Cardiff in Context, which presents a multi-sensory experience of Cardiff's development as a city, the role of the docks in turning the city into the world's coaltropolis by mid-1800s, the city's relationship with its hinterland, as well as its development as a European capital. The basement's City Lab gallery provides computer-based activity stations, hands-on activities and costumes for trying on that promote a more interactive and reconstructive approach to history. Phase 2, due to open this year, will consist of a first floor permanent gallery entitled Cardiff's Communities that will give voice to individuals who have come from different parts of the world and have helped shaping the city's development.
This paper seeks to examine the poetics and politics of exhibition and interpretation at The Cardiff Story, to question which/whose (hi)stories, objects and images have been selected to represent/legitimise the city, and to analyse its significance as a learning venue and tourism attraction where Cardiff's past and history and individual and collective memories and identities have been turned into commodified resources for residents and tourists alike.
Paper short abstract:
En esta comunicación presentamos la historia, principios, métodos, objetivos y resultados de una iniciativa museológica innovadora que, desde 2012, circula de museo en museo por el territorio portugués, con el objetivo de (re)conocer y explorar la diversidad que esconden las memorias locales.
Paper long abstract:
Bajo los principios de la Sociomuseología, y con el objetivo de contrariar los efectos homogeneizadores de la globalización, en 2012 decidimos crear un laboratorio de reconocimiento de la diversidad local, que tomase como punto de partida los lugares de memoria, sus agentes y protagonistas, en el radio de actuación de cada museo. Lo bautizamos con la palabra Legitimar.
Desde el punto de vista teórico y conceptual, este laboratorio se perfila a partir de diferentes herramientas procedentes de áreas como la Sociología, la Museología, la Antropología o los Estudios del Patrimonio Cultural, con la intención de cruzar ideas y experiencias que puedan ayudar a despertar el sentido y lugar de la diversidad sociocultural local a través del museo.
Debido a su carácter itinerante, Legitimar va de museo en museo por el territorio portugués, centrando su atención en los museos locales, de comunidad o de territorio, para poder trabajar en una escala humana donde las narrativas fluyen y los sentidos se multiplican a partir de un diálogo plural.
De la misma forma, para construir procesos colectivos de reconocimiento sociocultural que dan forma a una Museología de diversidades y de alteridades, en Legitimar ponemos en práctica una herramienta que, a lo largo de la historia de los museos, ha ido evolucionado de forma extraordinaria: la expedición museológica.
En esta comunicación presentamos la iniciativa y, con ella, las pequeñas conquistas hasta ahora conseguidas entre los museos que desean abrazar la memoria para construir un presente mejor.