Send message to Author
Paper short abstract:
Em diálogo com a filosofia popular brasileira, propomos a Orixalidade. Enquanto epistemologia ética-estética-filosófica, oriunda do lugar de saber dos terreiros de candomblé e Umbandas no Brasil, redesenha identidades e relações através do território epistêmico das religiosidades afrodiaspótricas.
Paper long abstract:
Este projeto de pesquisa se apresenta como um exercício crítico e ao mesmo tempo, enquanto uma experimentação estética. Neste trabalho, alguns códigos estéticos, culturais e éticos da cultura brasileira, mais especificamente os que circundam uma geopolítica das religiosidades afro diaspóricas e do pensamento popular, são consideradas em simultaneidade. Em diálogo com a filosofia popular brasileira (Haddock-Lobo, 2020) e outros campos do conhecimento, propomos uma perspectiva ética atravessada por múltiplas linguagens artísticas. O que cunhamos por Orixalidade, enquanto conceito, trata-se de um espaço ético-estético-político. Neste sentido, enquanto plataforma criativa e multidisciplinar, serve enquanto material de análise ético-filosófica, ou seja, é experimentada enquanto objeto-acontecimento. Enquanto uma categoria ética-estética-filosófica, oriundos do lugar de saber dos terreiros ou roças de candomblé e Umbandas no Brasil. Desde nossa ancestralidade espiralar, que redesenha identidades e relações, percorreremos o território epistêmico dos orixás e entidades das macumbas populares, em busca de um epistemologia do bem-viver que nos arranque de uma colonização, numa perspectiva ancestral, mas contemporânea, ou como apontara Denise Carrrascosa: “con(tra)temporâneo”, que é desde o contemporâneo, mas também age contra o regime.