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Accepted Paper:
Paper short abstract:
o artigo explora a relação entre as promessas do posconflicto, representadas na actuação do Estado, e a emergência de um grupo de indivíduos cujas características não são distantes das dos antigos indígenas.
Paper long abstract:
O fim da guerra civil em Angola, em 2002, desanuviou o clima de extrema violência em que o país esteve mergulhado e, no contexto das promessas do posconflicto, iniciou-se um processo de, entre outros, reinstitucionalização de áreas sociais e políticas até então à margem ou com fraco controlo do Estado que implica interfere, em muitos casos, no quotidiano dos indivíduos e grupos sociais. Um exemplo concreto é a actualização e extensão do Estatuto de cidadania pela concessão do Bilhete de Identidade Nacional, para os adultos, e Cédula Pessoal para as crianças. A aquisição do Estatuto requer prova documental de angolanidade caucionada por uma autoridade. A ausência de prova - em decorrência da guerra civil e, em alguns casos, da situação colonial - dificulta ou impossibilita essa aquisição.
Este artigo tenta captar a reacção dos indivíduos a este constrangimento e os resultados específicos que dai decorrem; explora a relação entre as promessas do posconflicto, representadas na actuação do Estado, e a emergência de um grupo de indivíduos cujas características não são distantes das dos antigos indígenas; até ponto é que a emergência deste grupo é uma forma de lidar com as promessas do posconflicto e como pode ser inserido no processo de reconfiguração social posconflicto. A análise é baseada em dados recolhido em entrevistas e observação em trabalho de campo realizado em Angola desde 2007, em Benguela, Luanda, Huambo e Lubango e, em menor quantidade, em Saurimo, Uige e Mbanza-Congo.
Angola in the aftermath of civil war: overcoming the impacts of protracted violence
Session 1