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Accepted Paper:

Identidades sociais na Angola urbana: o caso dos bairros Ingombota e Luanda Sul em Luanda  
Augusta Sátiro

Paper short abstract:

Para alguém familiarizado com Angola, é de princípio evidente que os conflitos violentos que ocorreram naquele país, durante algumas décadas, foram um ralador ou em menor grau enraizados nas identidades sociais, especialmente nas étnicas, religiosas, regionais, e socioeconómica.

Paper long abstract:

A estrutura e dinâmica de uma sociedade não pode ser compreendida exclusivamente a nível das práticas dos atores sociais que engloba.

Neste contexto, a questão das identidades sociais é de especial importância. De acordo com uma tradição partilhada pela sociologia e psicologia social, este conceito não é usado aqui no sentido de características de sociedades ou grupos sociais. Em vez disso, refere-se ao facto de as pessoas conceberem a si, no seu pensamento e sentimento, como pertencentes a uma variedade de categorias sociais "construídas" pelo seu próprio pensamento social.

A construção das identidades sociais faz-se num contexto relacional onde as propriedades dos grupos e as respectivas auto-imagens resultam de um processo de interacção e de recíprocas comparações e categorizações sociais. Uma vez que Angola atravessou um período de guerra longo, com a circulação de pessoas de região para região e, em consequência, a incorporação de povos e culturas, é evidente que esse cruzamento influenciou a forma como as pessoas actualmente encaram as suas identidades sociais. As identidades são um conceito relacional, constrói-se e alteram-se a partir da relação com o outro e de acordo com aquilo que são as expectativas que o outro tem de nós enquanto elementos pertencentes a um dado grupo, num dado momento. As identidades são portanto, temporais e contextuais. (Gay, 1997).

Panel P035
Angola in the aftermath of civil war: overcoming the impacts of protracted violence
  Session 1