Click the star to add/remove an item to/from your individual schedule.
You need to be logged in to avail of this functionality.

Accepted Paper:

Reflexões: o Islã herdado - Brasil, Portugal e Espanha  
Vera Lúcia Maia Marques (UFMG)

Paper short abstract:

O objetivo desta comunicação será fazer uma reflexão de dados recolhidos em Portugal em que deparei-me com controvérsias relativamente ao uso do termo «convertido/revertido», devido às relações históricas árabe-islâmicas no país.

Paper long abstract:

O topos Gharb al-Andalus, importante na memória dos muçulmanos na Península Ibérica é elemento fundamental e de motivação para estas reflexões. Apagado da história oficial de Portugal e da Espanha tem vindo a ser retomado abrindo campo a que alguns novos muçulmanos recusem o uso do termo «convertido/revertido», tomando-o como um «rótulo» pejorativo.

Assim como em Portugal, no Brasil alguns novos muçulmanos também têm se identificado com o passado histórico africano, valorizando a Revolta dos Malês. Alguns relatos históricos dão conta de que foram os Malês que fizeram florescer o Islã no Brasil deixando seus traços entre os brasileiros.

Entretanto, uma outra questão tem chamado a minha atenção. Num contraponto entre Portugal e Brasil, para além dos brasileiros herdarem alguns legados dos negros trazidos como escravos, os brasileiros também herdaram muito dos traços culturais dos portugueses, descendentes de mouros e moçárabes. Entretanto, são nos africanos que alguns brasileiros muçulmanos por «conversão» têm buscado se reconectarem, fazendo o uso deste «passado» para se identificarem também com um Islã «herdado». Portanto, a questão a qual me lanço está focada em entender o motivo que leva alguns «novos muçulmanos» a imputarem um maior peso histórico aos africanos e à imigração árabe posterior do que à presença portuguesa-árabe-moura, tentando traçar um comparativo entre Brasil, Portugal e Espanha.

Panel P51
O Oriente, a Sul do Ocidente. Etnografias do Sul sobre contextos árabes e islâmicos
  Session 1