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Accepted Paper:
Paper short abstract:
O tempo da memória é eminentemente social e cíclico, repercutindo-se no modo se recorda e recupera a lembrança. A memória dos mais velhos baliza o tempo em função das mudanças operadas no corpo e recorda o espaço nos termos em que o seu corpo podia apropriá-lo.
Paper long abstract:
Parte das atividades lúdicas ditas tradicionais desapareceu e existe unicamente nas memórias dos mais velhos, nas lembranças que eles têm do modo como os seus corpos se moviam e resistiam para as praticar e nas descrições mais ou menos estáticas e formais que nos chegam pelo documento escrito e pelo suporte audiovisual.
O corpo enquanto suporte de lúdico é indispensável para a sua prática, apresentando-se frequentemente, para os indivíduos com idades mais avançadas de uma forma "mitificada". Não obstante estar envelhecido é sentido/evocado como ideal e jovem. As qualidades do corpo perfeito (masculino e feminino) são evocadas no modo como as atividades lúdicas da infância e adolescência são lembradas e (re)atualizadas. De facto, vitalidade, saúde, força, agilidade, resistência, são características/qualidades evocadas pelos mais velhos quando recordam o seu desempenho em jogos e brincadeiras de infância, adolescência e enquanto jovens adultos.
Os corpos constroem-se de modo diferente em função dos contextos sociais, culturais, e económicos. E variam em função do género. A infantilização da adolescência não era possível num tempo em que a vida de trabalho se iniciava aos oito anos ou pouco mais - os corpos de criança eram, em alguns casos, abreviados. Como se apressava a entrada no mundo lúdico dos homens e das mulheres. A vida ganha hoje, por via da memória dos mais velhos, calendários e espaços próprios, definidos em função das mudanças operadas nos corpos como em função das atividades lúdicas que se praticavam e dos grupos de brincadeira a que se pertencia.
Passados e presentes com futuro: memória e história, património e construções identitárias.
Session 1