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Accepted Paper:
Paper short abstract:
Esta comunicação pretende discutir uma hipótese simples: A definição de modelos de avaliação do trabalho científico demasiado rígidos e uniformizados estará a favorecer a configuração de um modo único de escrita e pensamento?
Paper long abstract:
Na sua versão mais benigna, o discurso dominante diz-nos que é importante estabelecer critérios uniformes e reconhecíveis na avaliação do trabalho científico. Só dessa forma se pode ser rigoroso naquilo que afinal importa - obtenção de financiamento, hierarquização dos cientistas com vista a concursos e progressão na carreira. Assim, a ideia de uma avaliação objetiva apresenta-se como servindo toda a comunidade, já que dá expressão a princípios de competitividade, apontados frequentemente como padrão de modernidade. Esta comunicação assenta no desafio de olhar criticamente este modelo. Procurarei discutir a hipótese de um modelo demasiado rígido restringir, de forma imprevista e indesejada, a criatividade científica, seja modelando a forma de escrita, seja privilegiando temáticas e formas de abordagem. A imbricação neste debate de questões metodológicas e epistemológicas é evidente, mas ele permite também olhar a história da disciplina, tentando perceber como a escrita etnográfica foi evoluindo, por vezes trilhando caminhos que entretanto foram abandonados e esquecidos. Pela sua própria natureza esta não é uma comunicação que proponha respostas. A sua ambição é apenas a de lançar pistas para um debate que urge ser feito. Um debate onde caiba pensar o tempo da investigação, a centralidade das decisões ou a lógica de canalização das verbas da investigação, afinal, os diferentes planos onde produzimos e reproduzimos conhecimento científico.
Produção científica: criatividade e avaliação PT/ES
Session 1