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Accepted Paper:
Paper short abstract:
Nesta comunicação pretende-se analisar indivíduos de etnia cigana na sua relação com o crime, estudando as suas posições e trajectórias de vida. Procura-se identificar as causas da criminalidade, e o papel e possíveis implicações da atribuição do rótulo criminal por parte dos moral entrepreneurs.
Paper long abstract:
Nesta comunicação pretende-se analisar os indivíduos de etnia cigana na sua relação com o crime, estudando as suas posições de vida objectiva e trajectórias de vida. Procura-se, por um lado, identificar as causas da criminalidade e, por outro, o papel e possíveis implicações da atribuição do rótulo criminal por parte dos moral entrepreneurs. As teorias sociais do crime oferecem-nos uma panóplia de propostas para compreender/explicar as dinâmicas de criminalidade e os processos de rotulagem e estigmatização. No contexto dos estudos que articulam o crime com etnicidade, classe e género, emergem situações de desigualdade social relacionados com essas dimensões e, em particular, contextos de privação relativa.
Com base em 162 processos individuais e 25 entrevistas a reclusos(as) de etnia cigana foram analisadas as suas condições de vida objectivas e a relação que tiveram com o sistema de justiça criminal. Tendo por base uma abordagem pluricausal, as suas experiências criminais foram vistas à luz da intersecção das suas pertenças de classe, etnia e género.
Concluiremos que os crimes no grupo étnico cigano são efeitos conjugados de situações de desigualdade e processos de exclusão social, para os quais contribuem os preconceitos e estereótipos, assim como formas de racismo institucional e quotidiano. Tais situações e processos despoletam comportamentos desviantes e/ou detenções, condenações e reclusão. Em suma, as condições de vida objectiva e as respectivas intersecções de classe, etnia e género co-estruturam o envolvimento criminal, para o qual contribuem as condições institucionais e demais agentes de controlo criminal.
Ciganos e políticas públicas em Portugal, Espanha e Brasil
Session 1