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Accepted Paper:

Migrações e deslocamentos de jogadoras de futebol: mercadoria que ninguém compra?  
Mariane Pisani (Universidade de São Paulo)

Paper short abstract:

A proposta deste paper é apresentar parte da pesquisa etnográfica que evidencia as circunstâncias e as peculiaridades em que ocorrem as migrações e transferências de mulheres brasileiras que são jogadoras de futebol.

Paper long abstract:

O universo do futebol, bem como o dos esportes em geral, desde sua origem é predominantemente ocupado por homens. Mulheres que praticassem qualquer tipo de modalidade esportiva eram duramente julgadas em sua feminilidade. No Brasil, o futebol de mulheres possui apenas 30 anos de história, contados a partir da revogação em 1979 da lei que proibia as mulheres de jogarem.

Assim como os homens que passam pelos grandes centros de negócio do sistema futebolístico, as mulheres também saem do Brasil em busca de novas oportunidades na carreira, porém, seguem outra tendência, uma vez que elas não fazem, em sua grande maioria, migrações para o continente Europeu. O destino mais visado por essas mulheres é os Estados Unidos da América. E apesar das migrações das mulheres possuírem um fluxo reduzido, se comparado ao fluxo migratório dos homens, o número de jogadoras que sai do país em busca de novas oportunidades de trabalho cresce expressivamente a cada ano. Mesmo que no Brasil a mulher jogadora de futebol seja uma mercadoria sem valor, conforme declara uma atleta da modalidade, no exterior, as brasileiras são lembradas e contratas quase sempre como primeira opção.

Através de um trabalho etnográfico realizado junto a um grupo de jogadoras de futebol do oeste do estado do Paraná - Brasil -, inúmeras questões sobre mercado, redes de contato, deslocamento e migrações emergiram e serão abordadas neste paper.

Panel P55
subjetividades flexíveis: migrações, circunstâncias e estruturas
  Session 1