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Accepted Paper:
Paper short abstract:
A presente comunicação parte do conceito de espaço de fronteira para analisar os fenômenos intersticiais ocorridos durante a festa de Nossa Senhora da Assunção – maior celebração do quilombo de Conceição das Crioulas, comunidade negra situada no sertão do Estado de Pernambuco, Brasil.
Paper long abstract:
A palavra fronteira pode explicar o que separa os grupos sociais, mas também o que os une, sendo útil para se pensar sobre as relações culturais: todo ato cultural vive, essencialmente, nas fronteiras (Ribeiro, 2005). Portanto, o foco é retirado dos núcleos estruturantes da sociedade, para concentrar-se nos instáveis espaços intersticiais. Não há culturas puras - tudo se constrói na fronteira.
À luz deste conceito, o objetivo é analisar a celebração em louvor a Nossa Senhora da Assunção, maior festa do quilombo de Conceição das Crioulas - entendendo-se "quilombo" como a designação utilizada no Brasil para grupos sociais negros, com características étnicas, históricas e culturais específicas. A comunidade, situada no Estado de Pernambuco, realiza anualmente a sua grande festa, que inclui o ritual de passagem de testemunho: sob os acordes da banda de pífano, pequenos agrupamentos geograficamente dispersos trocam flores durante os dias de novena, de forma a selar a noção de uma coletividade mais ampla - a comunidade imaginada (Anderson, 1991). Os vínculos com o território, com a ancestralidade e com a alteridade são reafirmados, de forma a recriar performaticamente o quilombo.
Proximidade e distância
Session 1